07 maio 2011

Festa!

A festa de ontem foi muito boa. Nós fomos a um restaurante de sushi.
Acho que nunca me diverti tanto nesse tipo de evento social.
Normalmente, eu fico quietinho, num canto, mas ontem todos foram muito legais comigo, puxaram conversa, me ofereceram novos pratos para experimentar, me senti muito bem vindo nesse grupo que acabara de conhecer.
Me esforcei para me expressar bem em japonês. Tive um pouco de dificuldade em entendê-los quando falavam muito rápido ou um pouco baixo. Mas consegui conversar sobre várias coisas.
Eu adorei a comida. Foi um pouco difícil usar os hashis, mas aos poucos fui me acostumando.
Comi tantas coisas diferentes!
Adorei o takoyaki, o tamagoyaki (realmente, é doce!), o buta-age (não lembro se era esse o nome).
Comi também wasabi (isso sai queimando as narinas, é uma sensação bem diferente), sushi de camarão (não gostei muito do gosto do camarão cru), e muitas outras coisas.
No começo, a maioria estava bebendo cerveja, mas eu não gosto de bebidas amargas, então perguntei o que eles recomendavam que eu experimentasse.
Me ofereceram uma bebida que, adivinha: era igual à caipirinha.
Quem diria que a minha primeira caipirinha seria no Japão... XD
Engraçado foi eles tentando me explicar que tipo de bebida era e dizendo "piña colada", até eu entender que era da caipirinha que eles queriam falar.
Também tomei uma bebida similar, que em vez de limão usava ameixa, deliciosa!
Foi uma noite excelente, nunca vou esquecer dessa festa!

06 maio 2011

Onde eu almoço?

Bem, esse foi o meu pensamento ao sair pra almoçar...
Como eu ainda estou um pouco perdido, resolvi refazer o caminho que a Sra. Iino me ensinou e almoçar naquele McDonald's onde eu esperei ontem.
Comecei me enrolando na hora de trancar o apartamento, são duas fechaduras (uma em cima e outra em baixo). Ao girar a chave para um lado, a fechadura tranca. Ao girar para o outro, ela abre.
Eu estava preocupado também com o portão lá de baixo (o portão do prédio), porque eu não sabia se precisava de chave pra abrir o portão na hora de entrar (na hora de sair, pelo jeito, a gente nunca precisa de chave).
Saí pela rua e fui tentando observar o caminho e gravar pontos de referência (ontem eu nem olhei à minha volta).
Eu errei um pouco o caminho, mas consegui chegar no McDonald's.
Fiz um pedido diferente do de ontem, tentei até agir com naturalidade - estava até conseguindo, mas... - um outro funcionário chegou e perguntou algumas coisas sobre "mais barato" e se eu queria levar ou comer lá (tudo isso falando muito rápido), eu me enrolei, comecei a responder sim, e acabei trazendo a comida pra comer no apartamento (minha intenção era comer lá, mas fazer o que... da próxima vez eu tento falar exatamente o que eu quero fazer T.T ).
Na volta, mesmo tendo observado o caminho, não consegui repeti-lo de primeira, passei alguns metros da rua em que deveria entrar (até perceber que estava indo pro lugar errado).
Chegando no prédio, cheguei no portão e, adivinha: precisava da chave!
Eu tentei a chave do apartamento e ela abriu também o portão, maravilha!
Além disso, essa chave é diferente das que estamos acostumados no Brasil. O segredo da fechadura é gravado nas faces laterais da chave, e não nas arestas. Nesta minha chave, há segredo nas duas faces.
Quando cheguei no andar do apartamento, ainda tive um pouco de dificuldade pra lembrar qual era o apartamento correto.
Mais tarde vou sair com a Sra. Iino para uma festa.
Espero não cometer nenhuma gafe.

Cheguei no Japão!

Finalmente, após vários meses de preparativos, consegui viajar para o Japão.
Vou pular toda a parte enrolada de como encontrei o curso onde vou estudar e de como tirei o visto, mas se alguém que estiver lendo isto quiser saber mais, pode postar nos comentários que eu respondo.
Mas antecipo que esta viagem só saiu graças à Silvia Utrini Intercâmbios (meus sinceros agradecimentos!)

Bem, eu viajei pela British Airways, foram várias horas nos aviões e mais algumas horas no aeroporto de Londres.
Eu só dormi e assisti filmes em japonês durante toda a viagem, nada demais, já que eu costumava fazer isso nas viagens de ônibus entre Campo Grande e São José dos Campos...
Bem, pelo menos não precisei gastar a bateria do meu notebook.
Os aviões da BA nos quais eu voei eram enormes, tipo esse aí:

Ao nos aproximarmos de Tóquio, os comissários de bordo entregaram os formulários de imigração.
Eu fiquei um pouco preocupado, porque havia algumas coisas que não entendi bem como eu deveria preencher. Resolvi deixar pra preencher no aeroporto.
O avião pousou, eu desci e comecei a me sentir meio perdido.
Obs: como eu estava meio perdido e apreensivo, não lembrei de tirar fotos, as fotos desta postagem eu encontrei na internet.
Ainda bem que todas as indicações possuem a tradução para o inglês.
Passei por esse corredor:

Segui as indicações até chegar no lugar onde fazem a identificação dos estrangeiros.
Terminei de preencher meu formulário (pedi ajuda para os funcionários) e prossegui para a identificação, como na foto a seguir:

Daí, fui pegar minhas malas. Aparentemente, fui um dos últimos do meu voo a pegar as malas, elas até já haviam sido retiradas da esteira.
Entreguei o formulário de declaração de bens e saí em busca do metrô.

No caminho, encontrei um caixa do HSBC e saquei um pouco de dinheiro. Conferi agora no site do meu banco e vi que tá tudo certo. Também encontrei uma casa de câmbio e troquei alguns dólares por ienes.
Perguntei no balcão de informação (em inglês mesmo, ainda estava inseguro pra perguntar as coisas em japonês) como pegar o metrô para a estação de Kameari, e descobri que eu teria de trocar de trem em duas estações. A funcionária anotou as informações num papel e lá fui eu me aventurar no metrô.
Primeiro, eu precisei pegar um trem da Keisei Line até a estação de Nippori.

Fui no guichê da foto acima, disse meu destino, comprei meu bilhete e lá fui eu cometer o primeiro erro (ainda bem que só teve esse no primeiro dia)...
Eu passei na "catraca" e coloquei meu bilhete, mas na minha mente estava o metrô de São Paulo, onde você não pega de volta o bilhete. Adivinha: comecei a ouvir um som atrás de mim, então me toquei que eu estava esquecendo de algo. Me virei pra verificar, a catraca ainda estava aberta e fechou logo antes de eu voltar. O funcionário veio e disse que eu tinha de pegar o bilhete de volta pra usá-lo na hora de sair do metrô ou de trocar de linha, ele teve de abrir o "cofre" da catraca. Toda essa situação foi meio cômica, parecia cena de anime ^_^
Peguei o trem Keisei Limited Express (o mais barato) e fui até a estação de Nippori.

Foi bem demorado (o mais barato para em muitas estações no caminho), e um pouco constrangedor, eu estava com duas malas grandes e tava com uma cara de "onde é que estou? onde eu devo descer?", parece que algumas pessoas me olharam pensando "olha o estrangeiro, tá perdidinho!" XD
Pior que era quase hora do almoço, em alguns momentos o vagão ficou cheio, e eu tava ocupando muito espaço, então algumas pessoas devem ter pensado "que mal educado!" porque eu deixei a mochila do meu lado, ocupando um banco...

Eu desci na estação certa, de Nippori. Lá eu fui no guichê e fiz o "ajuste de taxa", trocando o bilhete (que eu quase esqueci) para um da linha JR. De lá fui pra Nishi-Nippori, a estação seguinte, onde novamente troquei de linha (fazendo um novo ajuste) e peguei o trem para Kameari, meu destino final.
Eu fiquei um pouco confuso ao olhar o mapa desta última linha, não entendi bem onde Kameari ficava na linha, então perguntei para as pessoas em volta se aquela linha levava para Kameari. Elas me responderam que sim e eu embarquei no trem que chegou no mesmo instante.
Então, eu cheguei em Kameari, a estação da foto a seguir:

Saí da estação, fui almoçar no McDonald's em frente à saída sul e esperei lá até a host family vir me buscar.
No McDonald's, fiz meus pedidos em japonês.
Bem, daí a Sra. Iino me encontrou, nós seguimos até a casa dela, eu desfiz as malas, me acomodei... e caí no sono antes do jantar!
Eu queria ter conversado mais com ela e seu filho ontem, mas o cansaço me derrubou de jeito.
Quando acordei, os dois já haviam saído para suas atividades.
Meu café da manhã foi o jantar de ontem, mas o almoço eu tenho de arranjar por conta própria...
Então aqui vou eu, em busca do meu almoço!