10 maio 2011

Viva, caí na classe certa!

Ontem fui à escola para saber qual turma irei frequentar.
Saí por volta das 13:00, almocei no McDonald's (depois do lamen de ontem, eu queria algo mais ocidental), peguei o metrô e fui para a escola. Cheguei por volta de 14:30 e fiquei esperando.
A lista das turmas saiu às 15:00.

Eu fui procurando meu nome, mas ele ficou tão pequeno naquela lista que eu demorei pra encontrá-lo, ainda mais no meio daquele aglomerado de alunos procurando seus nomes.
Fiquei na turma 306, a segunda maior turma, com 20 alunos. As aulas serão à tarde, das 13:00 às 16:50.
Eu aguardei ali por perto, esperando pela oportunidade de perguntar a algum dos funcionários qual era o nome do(a) professor(a), pois estava escrito em kanji. Eu até procurei no meu celular, descobri que devia ser algo como Hori, mas continuei esperando pra perguntar se era isso mesmo.

É nessas horas que a gente menos espera que o destino traz uma surpresa excelente pra gente!
Eu comecei a pensar em tirar uma foto da lista para depois ler os nomes com calma. Quando eu estava me preparando para tirar a foto, algumas pessoas chegaram para conferir a lista e entraram na minha frente.
Um deles de repente, aponta pro meu nome e comenta (em inglês ou japonês, não lembro agora qual foi): Este é o brasileiro que entrou na nossa turma, finalmente alguém que não é chinês!
Eu, que estava atrás deles, levantei a mão e disse (em japonês): Estão falando de mim?

E assim eu comecei três novas amizades!

O que comentou sobre mim, adivinha: É brasileiro! Na verdade suíço, de pais brasileiros (se não estou enganado), mas isso é só um pequeno detalhe, afinal é a primeira pessoa com quem eu pude falar português na úlitma semana. Seu nome é Frederico. Ele está aqui desde janeiro, e retorna daqui a um mês.
Ele é formado em Engenharia da Computação ( \o/ que sorte, alguém da mesma área), mas tá interessado na área de business.
Parece que compartilhamos da mesma opinião sobre diversas coisas acerca do Japão.
Perguntei para ele sobre a turma, o nome da professora (é Hori mesmo, mas parece que temos outros 3 professores), o material didático (aew, eles já acabaram o material do N4, então talvez nós peguemos o material do N2 que eu queria usar \o/ ) e o ensino de kanji. Pelo jeito, caí exatamente na turma que eu queria!
 
O outro é americano (o nome dele é bem americano mesmo, por isso não consigo lembrar, toda hora esqueço), também está na nossa turma e conversou bastante comigo sobre o material didático e métodos de estudo da língua japonesa. Ele é muito legal, acho que vamos nos dar muito bem. Se eu entendi bem, ele chegou aqui já faz algumas semanas.
 
A terceira é a Mimi, uma garota cujos pais são, se não estou enganado, um do Japão e outro de Taiwan. Ela está numa turma mais baixa, mas consegue conversar bem em japonês.

Como estava chovendo, nós ficamos conversando na escola até a chuva parar. Então, saímos juntos pra passear um pouco. Passamos em uma loja de conveniências, fomos por um caminho "secreto" (não tão secreto) por debaixo das ruas até a estação de metrô (quando estiver chovendo, devo pegar esse caminho) e fomos até Shinjuku passear.

Entramos numa loja de eletrônicos, pois a Mimi queria comprar um roteador. Como os eletrônicos aqui são baratos! Talvez eu compre um roteador wireless da próxima vez que eu for lá.
O americano até me indicou uma livraria enorme (8 andares) onde ele comprou o livro que eu gostaria de usar no curso.

Depois, nós fomos nas ruas que dizem ser as mais "perigosas" de Tóquio, o Kabukichou, controladas pela Yakuza. Mas acreditem, não é nem um pouco perigoso, basta não encarar os caras vestidos com roupas estranhas.

Como já estava na hora de eu voltar para o jantar, e o Frederico tinha um compromisso, nós dois nos despedimos dos outros e voltamos para a estação, onde pegamos linhas diferentes.

O jantar ontem foi muito bom, comemos okonomiyaki (uma panqueca japonesa), teve três tipos diferentes: um com carne e legumes, outro com polvo e ovos de peixe e outro com queijo e legumes. Todos estavam deliciosos. Também tomei o chá tradicional japonês, parece um pouco com chimarrão e tereré, mas não é tão amargo, então pra mim teve um sabor delicioso (eu não gosto de bebidas amargas).
Nesse jantar, estávamos nós três e mais um amigo da Sra. Iino. Sou péssimo pra guardar nomes...
Conversamos sobre diversas coisas, foi muito legal.
Estou me esforçado em me expressar em japonês, em usar os hashis de forma correta, em aprender o máximo com a família Iino e com todos que conheço.

Hoje começam as aulas. A partir de hoje, mesmo tendo um brasileiro e um americano na turma, só pretendo conversar em japonês. Essa é uma medida para tirar o máximo proveito deste curso, que todo mundo por aqui recomenda.
Lá vou eu!

2 comentários:

  1. Yakuza? Eu pensei que ela já tinha acabado. Isso me lembrou as versões antigas do jogo GTA. Que saudade. rs.
    Eles dominam um bairro? E ninguém liga? O governo não manda ninguém lá dar uns tiros nesses caras?

    Imagino que você deve ter ficado muito contente com um mundo de eletrônicos à disposição sem aquela "pequena" carga tributária brasileira. Eu ficaria, e certamente tentaria comprar bastante coisa.

    Existe algum motivo especial para eles insistirem em usar esses tais "hashi"? Os japoneses são bem "internacionalizados", tenho a impressão que absorvem muito da cultura ocidental (estou errado?), mas ignoram logo o garfo... Não vai me dizer que eles acham mais fácil comer com aquilo! rsrs

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  2. Que bom que você fez novas amizades e caiu na turma que queria, maninho. Ficamos muito contentes por você.
    Nossa, eu nunca vi uma livraria de 8 andares (8 andares! =O). Depois você pode tirar fotos dela p/ colocar aqui?
    Ah, e essa área chamada Kabukichou parece bem legal. Deve ser emocionante ir nesse lugar, ainda mais à noite.
    Já estava escuro quando vocês passaram por lá?
    E como tem sido conversar em japonês, maninho? Muito difícil?
    É como você imaginava que seria?

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